segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Festival Gastronômico de Tiradentes

Essa semana pra mim vai ser corrida.

Em BH hoje foi feriado e por isso acabo de chegar em casa. Mas pela 1° vez vou participar do Festival Gastronômico de Tiradentes como Chef Voluntário, e confesso a vocês que estou um tanto quanto entusiasmado e nervoso. Afinal de contas essa vai ser minha primeira participação como profissional em um festival.

Mas vamos lá, o negócio é pegar a mochila, colocar todos os equipamentos, energia e fazer o melhor.

Assim que voltar de lá faço um post sobre minha experiência.

Abraço a todos!

terça-feira, 26 de julho de 2011

BISCOITO DE POLVILHO

Atendendo à pedidos, vou publicar a receita do biscoito de polvilho que fiz no fim de semana retrasado.

A receita eu procurei na internet, e por isso o crédito referente a receita está no final deste post com o endereço do site no qual peguei esta receita. A foto também é do mesmo site.

Dica: Ao invés de baixar o forno pra 50°C (porque meu forno não tem essa opção, eu desliguei o forno e não abri a porta, deixando que ele terminasse de assar no calor existente dentro dele.

Biscoto de Polvilho

Ingredientes:

·         1/2 kg de polvilho azedo;
·         1/2 copo americano de água;
·         1/2 copo americano de leite;
·         1/2 copo americano de óleo;
·         2 ovos;
·         1 colher de sopa queijo ralado;
·         Sal a gosto.

Modo de Fazer:

1.      Umedeça meio quilo do polvilho com a água em temperatura ambiente. Em seguida, ferva o leite, junto com o óleo e o sal.
2.      Escalde o polvilho com a mistura ainda quente e sove a massa até esfriar. Reserve
3.      Acrescente os ovos e o queijo à massa até obter uma consistência mole, ideal para passar pelo saco de confeiteiro
4.      Unte a forma com margarina. Depois, corte e molde os biscoitos conforme a sua preferência com a ajuda de um saco de confeiteiro e leve para assar em forno pré-aquecido por 10 minutos. Reduza a temperatura para 50ºC e deixe assar por mais cinco minutos.

Rendimento: 60 biscoitos de tamanho pequeno.

domingo, 24 de julho de 2011

Seja BENVINDO

No último dia 14 resolvi experimentar o “Menu Bistronômico” (Menu Degustação) do restaurante Benvindo, que fica no bairro de Lourdes em Belo Horizonte.

Confesso que já tinha provado algumas coisas feitas pelo Chef Paulo Henrique Vasconcellos, pois possuímos alguns amigos e conhecidos em comum. Este ano mesmo ele foi responsável pelos petiscos servidos na despedida de solteiro de um dos meus melhores amigos.
Mas voltando ao foco, na quita-feira do dia 14 último, resolvi conhecer o Benvindo, e já me surpreendi logo na chegada. Fui recepcionado por um funcionário da casa extremamente polido e bem educado (o que não devia ser surpresa, mas tratando-se de restaurantes fora de São Paulo é sempre surpresa), a decoração da casa e a luz indireta que faz uma penumbra no ambiente, mas sem deixar muito escuro me trouxe de imediato uma sensação de conforto e bem estar.  Acredito que tais sensações se devem ao cuidado do Chef Paulo Vasconcellos em idealizar um ambiente sofisticado, porém despojado, sem criar aquele ar de aristocrático. Ou seja, um ambiente que te dá boas vindas. Talvez tenha sido pensando nisso que ele tenha dado o nome de Benvindo ao bistrô/restaurante.
Como dito acima saí de casa já com o intuito de provar o menu degustação da casa. Então consultei o sommelier quanto a qual bebida combinaria melhor com minha escolha, e após algumas opções ventiladas optei por um espumante nacional que já conheço e particularmente gosto muito o Cave Geisse Brut, que se provou um ótimo casamento com os pratos servidos, pois em nenhum momento sobressaiu sobre a estrela principal (os pratos) mas se fez presente a todo momento, sendo um coadjuvante perfeito.
O jantar começou com um Caldo de Milho que foi servido de entrada, estava temperado na medida certa, sem pimenta a mais ou a menos e sal na medida certa, casando perfeitamente com a noite fria que fazia. Trouxe assim um calorzinho que reconfortava e confesso que me fez ter vontade de pedir uns 4 de tão bom. Mas a noite ainda me reservava outras boas surpresas.
O primeiro prato foi uma Muquequinha de Siri com Farinha de Limão, e o que é isso?!?! Hahaha... O casamento entre frutos do mar e limão já é um velho conhecido de todos e podemos chamar de clássico, pois conheço pessoas que odeiam limão, mas quando junto a frutos do mar e peixes de água salgada não abrem mão, uma vez que a acides do limão casa de forma perfeita com o sabor destes alimentos. Agora farinha de limão pra mim foi uma novidade e uma ótima novidade, pois a farinha preserva o sabor cítrico do limão, mas sem deixar ser excessivamente ácido e quando misturado a muquequinha, trouxe textura e sabor. A muquequinha estava perfeita, úmida, temperada na medida, sem deixar que nenhuma das especiarias ou temperos sobressaísse, ou seja, minha experiência gastronômica no Benvindo estava sendo perfeita.
O prato principal um Escalope de Filet com Purê de Mandioca e Cogumelos Grelhados, foi pra mim o prato menos surpreendente, mas nem por isso menos apreciado. O filet estava simplesmente no ponto ideal, suculento, rosado, e com um sabor marcante, feito de forma impecável. O purê de mandioca tinha uma textura incrível, sem aquela viscosidade excessiva normalmente existente nos purês de mandioca devido ao excesso de amido que esta raiz possui. Bem temperados, os cogumelos grelhados (sou suspeito, pois cogumelos são uns dos meus ingredientes prediletos) estavam inimagináveis de tão bons, a grelha estava na temperatura ideal, pois não machucou ou mesmo alterou a consistência deles, valorizando assim o sabor já existente nos cogumelos de defumado, mas com a maciez e textura tenra características dos mesmos. Mas confesso que o molho que acompanhava o filet me decepcionou um pouco, pois parecia ser um daqueles molhos de foodservice, com sabor um tanto quanto artificial de glutamatos, acidulantes e etc. Não chegou a estragar o prato, mas sem dúvida nenhuma deixou um pouco a desejar.
Cabia então a sobremesa a responsabilidade de tentar me surpreender a ponto de superar minha decepção com o molho do filet. Confesso que essa tarefa não era fácil, uma vez que eu não sou muito fã de doces. Desta forma tentar me conquistar com um doce não é a melhor estratégia (fica a dica para as interessadas! Hehehe...). A sobremesa era um Ravióli Crocante, veio servido em um prato retangular com apenas duas unidades, uma em cada extremidade do prato seguido por riscos com calda de morango. Aí já pensei que a vaca ia pro brejo, pois tentar levantar a moral com apenas duas unidades de ravióli doce com uma pessoa que não gosta de doce pra mim era algo impensável. Sim usei o termo correto ERA, pois o ravióli era composto de duas lâminas de massa extremamente fina (acredito ser massa filo) e crocante recheada por uma trufa de chocolate amargo com crocante que casou perfeitamente com a calda de morango.
Ok, confesso que apesar de não ser fã de doces esta sobremesa superou toda e qualquer falta de interesse que possuo por doces e conseguiu com maestria recuperar a moral da noite.
Conclusão, o Benvindo é um restaurante com ambiente intimista e super agradável, com uma comida muito bem executada, e um serviço acima da média usualmente encontrada em Belo Horizonte. Por estes motivos está entre os estabelecimentos de gastronomia da cidade que eu recomendo!

Restaurante Benvindo – Rua São Paulo 2397 (Quase esquina com a Rua Felipe dos Santos), Lourdes, Belo Horizonte, MG. (31) 2515-8883. Site: www.restaurantebenvindo.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

FESTAS DE RUA DO BEM

Não sei se vocês já perceberam, mas fato é que BH está tendo cada dia mais festas de rua, há alguns anos conseguíamos contar nos dedos as festas ao ar livre e “gratuitas” (daqui a pouco explico o porquê destas aspas) que ocorriam em BH.

Lembro-me da minha infância na Rua Trifana, no Bairro Serra, todos os anos a Rua Oriente no quarteirão entre exatamente a minha rua e a Rua Caraça, era fechada para a realização da “Bacalhoada do Baltazar”.

Sr. Baltazar era um português simpático que veio para o Brasil com sua esposa e deu um duro danado para conquistar seu lugarzinho ao sol. Começou com um botequinho na rua caraça se não me engano onde vendia os quitutes de sua terra, que eram produzidos por sua esposa. Depois de alguns anos a frente deste negócio extremamente simples e familiar, aonde os dois davam duro, conseguiram comprar um terreno na esquina da Rua Oriente com a Rua Caraça e com o dinheiro suado construíram um pedacinho de Portugal em BH que se chama Taberna Baltazar. Hoje o Sr. Baltazar não está entre nós, mas sua esposa e suas filhas dão continuidade ao seu trabalho.

Bem como quero falar das festas de rua, vamos voltar ao foco. Na minha infância quando chegava o dia da “Bacalhoada do Baltazar” para meus amigos e eu era uma festa! Só que para entrar você tinha que ser convidado, ter um crachá e doar alimentos que seriam distribuídos a entidades carentes. Mas como todo bom menino criado solto no bairro, eu e meus amigos sempre dávamos um jeito de entrar e curtíamos muito aquela festa. No entanto Sr. Baltazar adoeceu e com isso a festa passou a deixar de ser comemorada, deixando muita saudade.

Naquela época era também comum as quermesses das igrejas de bairro, uma festa que com o tempo foi se perdendo.

Nos últimos anos tivemos algumas festas de rua que foram sendo criadas e com muito trabalho e empenho de seus organizadores se consolidaram no calendário da cidade, exemplo disso o o Festival de Jazz da Savassi que começou só no cruzamento da Rua Antônio de Albuquerque com a Rua Sergipe se não me engano e hoje ocupa vários quarteirões da Savassi, temos também a festa Italiana que das que homenageiam algum país é disparada a mais famosa e uma das mais antigas, servido como referência para as demais, pois é a real integração dos imigrantes Italianos, seus descendentes e o povo brasileiro, numa festa que se comemora a integração dos dois povos.

Pois é esses são alguns exemplos de festas e festivais que aconteceram e alguns ainda acontecem já a algum tempo em BH, mas sempre sendo cada um deles um evento isolado.

Mas desde 2010 BH parece ter descoberto a graça destas festas, exemplo disso é a Festa da Independência da Irlanda que foi comemorada ano passado com um bom número de adépitos mas que esse ano conseguiu arrastar nada menos que 35 mil pessoas para a região da savassi algo que de certa forma causou até algum transtorno ao trânsito já caótico de BH, mas acredito ser muito mais culpa de uma má gerência da companhia responsável pela engenharia de trânsito de BH que pela festa em si.

Ainda em 2010 fui a convite de uma amiga na 1°  Festa da Espanha que ocorreu nos jardins do Museu Abílio Barreto e que no meu ver foi um sucesso, pois para uma festa que ocorria pela primeira vez, atrair um público de aproximadamente 2 mil pessoas é algo a ser respeitado.

Mas em 2011 parece que BH entrou de cabeça nas festas de rua, este ano como dito tivemos a festa da Independência da Irlanda com um público inacreditável, já tivemos também a festa da Itália, tivemos também a festa Junina da rua Florália no bairro Anchieta além das festas de carnaval de rua nos bairros São Bento, São Pedro, Santo Antônio (sendo que estas já viraram festas tradicionais do carnaval da cidade) e Anchieta.

Só que não vai ficar só nisso não, já tem data marcada as festas da França, de Portugal, da Espanha, o Festival de Jazz da Savassi, a Festa Junina da Igreja de São Mateus, além de mais algumas que com certeza serão criadas no decorrer deste ano.

O mais legal disso tudo é que a maior parte destas festas tem uma pegada beneficente, pois a área aonde são realizadas é cercada (com autorização das autoridades públicas é claro) e para entrar no espaço reservado cada pessoa tem que doar um agasalho, ou alimento não perecível, ou brinquedo (ta aí a explicação pro “gratuitas” lá de cima), que depois são destinados a entidades carentes, moradores de rua e crianças doentes entre outros. Mas o bacana disso tudo é fazer uma festa ao ar livre aonde a comunidade se vê, aonde você descobre quem é seu vizinho, aquele que por muitas vezes você cruzou na rua mas não sabia nem mesmo que morava no seu prédio devido a correria do dia a dia, e além de tudo faz o bem a quem precisa.

Acho que essas festas com esse que de solidariedade, que criam um motivo para reunir um grupo de pessoas e se divertir, mas não se esquecem de agregar um cunho social, muito bacanas. No meu entendimento elas só tem a agregar para a cidade, pois é uma forma de trazer diversão de qualidade a um número grande de pessoas, mas nem por isso esquecendo de ajudar ao próximo.

Já falei demais.

Fica a dica, eu particularmente estou gostando deste movimento que leva o povo pra rua ao invés de colocá-lo num espaço fechado a um custo cada vez mais elevado aonde as pessoas são sempre as mesmas. Não que eu não curta essas festas às vezes, pois se isso fosse verdade vocês não me viriam nelas! Hehehe...

Mas sem dúvida nenhuma estou gostando cada dia mais das velhas e boas festas de rua, ainda mais se junto da diversão vier uma boa ação.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O LEGÍTIMO PÃO DE QUEIJO MINEIRO


O legítimo pão de queijo mineiro, crocante por fora e macio por dentro com pedacinhos de queijo

Antes de passar a receita, gostaria de fazer alguns comentários para que você que não é mineiro entenda porque é tão difícil (pra não dizer impossível) comer um pão de queijo tão bom quanto o da sua Tia Avó que mora no interior de Minas.
 
 
A verdade é que o legítimo pão de queijo mineiro não é comercial. Por que isso? Por um simples motivo a proporção dos produtos utilizados principalmente o queijo (afinal de contas o nome é pão DE queijo e não pão COM queijo) que com o preço atual acaba por fazer com que o preço de custo de 500g de um legítimo pão de queijo sai pelo mesmo preço ou até mesmo mais caro que um dos pacotinhos encontrados nos supermercados. Nas receitas comerciais existentes hoje no mercado, você pode até encontrar queijo (o que é uma minoria), mas a esmagadora maioria utiliza essência de queijo o que barateia a produção além de outros insumos inexistentes na receita original.
 
 
Você pode estar se perguntando o por que faria essa receita uma vez que o valor de custo dela será igual ou superior ao pão de queijo que você compra no supermercado, além do que não dá nem pra você vender porque o do supermercado é mais barato.
 
 
Bem eu faço o meu pão de queijo de cada dia, por um simples motivo sou chato para pão de queijo, como legítimo mineiro, gosto de comer aquele pão de queijo que é crocante por fora mas macio por dentro, e tem um repuxado do queijo, isso pra mim sim é um pão de queijo, não aqueles bolinhos assados que além de pesados o repuxado que existe é da goma formada pelo polvilho, mas batata, mais zilhões de coisas que muitas não deviam nem estar ali.
 
 
Te garanto que vale a pena experimentar e se provar, garanto que você vai gastar seu tempo fazendo pão de queijo quando quiser receber alguém em casa ou quando quiser matar aquela saudade da Tia Avó!
 
 
Então vamos a receita.
 
 
Ingredientes:
 
 
1,5 Kg de queijo (Canastra ou do Serro) CURADO ralado, mas tem que ser aquele amarelinho (Não é meia cura);
 
6 ovos (de preferência o caipira, mas o branco de granja serve também);
 
500g de Polvilho Azedo;
 
500g de Polvilho Doce;
 
1 copo americano de Leite Integral (de preferência o Tipo C);
 
1 copo americano de Óleo;
 
1 copo americano de Água;
 
1 colher de sobremesa de Sal (Se necessário, pois o queijo curado já tem bastante sal);
 
 
Modo de Preparo:
 
 
Inicialmente prove um pouco do queijo, se achar que ele está salgado, não utilize a colher de sal listada no ingrediente.
 
 
1 - Junte os copos de leite, óleo, água e a colher de sal (lembrando que só se for necessário), em uma leiteira e leve ao fogo em fogo baixo até levantar fervura.
 
2 - Enquanto a mistura colocada na leiteira não ferve, peneire os polvilhos em uma bacia grande.
 
3- Assim que levantar fervura, despeje sobre o polvilho a mistura ainda quente e comece a sovar o polvilho juntamente da mistura quente (Este processo é o famoso escaldar o polvilho), você notará que a medida que a temperatura diminui a massa vai ficar homogênea e lisa, sem grudar na mão, quando atingir esse ponto já estará bom.
 
4 - Agora é a hora de fazer lambança! Junte um ovo por vez e misture até incorporar completamente o ovo, repita esse procedimento até juntar todos os ovos.
 
5 - Agora a massa já está bem elástica e grudenta e é assim mesmo. Junte aos poucos o queijo todo tomando o cuidado para não sovar de mais, pois a mistura não 100% homogênea é que garante pedacinhos de queijo quando comemos nosso pão de queijo.
 
6 - Você vai notar a medida que colocamos o queijo a massa vai ficando mais lisa e uniforme e para de grudar na mão.
 
7 - Depois disso basta colocar o forno para pré-aquecer a 180° e enrolar nosso pão de queijo e colocar para assar por 30 minutos ou até dourar.
 
Te garanto que esse pão de queijo vai ser melhor que qualquer pão de queijo congelado de supermercado que você compre.
 
PS: Esse pão de queijo pode ser enrolado e congelado por até 3 meses.
Ingredientes
Plovilho escaldado e sovado
Incorporar 1 ovo por vez
A cada incorporação misturar até homogenizar
A massa ficará puxenta e grudando na mão
Incorporar o queijo aos poucos
Depois de incorporado o queijo a massa fica lisa
Enrolar o pão de queijo
Colocar para assar em forno pré-aquecido a 180°
Olha o pão de queijo prontinho.

Crocante por fora e macio por dentro com pedacinhos de queijo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CEIA SOLIDÁRIA

Olá pessoal,

Primeiramente peço desculpa pela minha ausência, apesar de achar que ela não foi sentida por ninguém!Rs...

Hoje quero falar de uma coisa séria. O Chef Alessander Guerra do Site CUECAS NA COZINHA (http://www.cuecasnacozinha.com/) teve uma idéia sensacional! Vou tentar explicar a iniciativa, mas para quem se interessar vou postar o link para entrar direto na iniciativa.

É o seguinte, como nós internautas, fãs de gastronomia poderíamos fazer para ajudar as muitas pessoas carentes que estão espalhadas pelo mundo? Outra coisa, será que dispomos de recursos para ajudar uma única pessoa se quer?

Bem a resposta para as perguntas são as seguintes, começando pela última pergunta:

Sim, acredito que todos nós ou pelo menos a esmagadora maioria das pessoas que tem acesso a internet no país, seja ela através de Lan House, casa do vizinho ou por rede própria doméstica, tem condição de ajudar não uma, mas muitas pessoas.

E é na maneira de fazermos isso que entra a internet, e a resposta a primeira pergunta é:

Nós internautas fãs de gastronomia, podemos nos mobilizar e ajudar os outros, mas para tornar isso um processo mais divertido e prazeroso seria interessante que trocássemos algumas experiências e dicas gastronômicas. Então o Alessander teve a seguinte idéia, todos os dias ele vai postar receitas e dicas para as festas de fim de ano. Essas receitas serão enviadas por vários blogueiros de comida e chefs. Até aí tudo bem, não tem nada demais, pois vários sites e blogs postam receita de colaboradores que as enviam para seus administradores. Mas o pulo do gato está na forma de ser solidário, porque cada um que enviar sua receita terá depositado ao menos R$10,00 numa das contas do MSF (Médicos Sem Fronteiras). Vocês devem estar pensando "Hã e aí, como ajudei alguém, afinal de contas são só R$ 10,00?", mas aí entra os detalhes que muitas vezes deixamos passar despercebidos. Se 100 pessoas fizerem isso, conseguiremos transformar os R$ 10,00 de cada um de nós em R$1 mil e segundo o MSF com esse dinheiro, que agora já não parece tão pouco, a gente vai conseguir tratar durante um mês de 34 crianças desnutridas com menos de cinco anos. Você deve estar se perguntando "Mas só 34 crianças num mundo que tem tantos miseráveis?", mas como diz Alessander “Felizes dos que de nós conseguir salvar apenas 1 vida”.

Ah vale lembrar que qualquer um poderá fazer a doação não apenas aqueles que enviarem receitas.

Quer saber mais informações e como participar? Então entra no CUECAS NA COZINHA e faça parte desta Ceia Solidária Virtual http://www.cuecasnacozinha.com/2010/11/ceia-solidaria.html, lá você vai conseguir informações como a conta do MSF além de mais informações sobre a iniciativa, além de conhecer um site muito bacana sobre culinária.

Parabéns Alessander pela iniciativa, através de iniciativas como essa que podemos começar a sonhar com um mundo melhor.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CURTINDO A GASTRONOMIA DE SÃO PAULO

Este fim de semana fui a São Paulo assistir ao show do Jamiroquai, que diga-se de passagem é excepcional, não é um show como os outros em que você curti o seu atista preferido cantando no palco e basicamente levanta a mãozinha, bate palma ou pula no mesmo lugar. Na verdade é uma grande balada a céu aberto, Jay Kay e Banda (pra quem não sabe Jay Kay é o nome do vocalista da banda) simplesmente empolgam a pista com suas baladas animadas.

Pois bem, isso aqui não é um blog para falar de balada, então vamos ao que interessa.

Uma vez em São Paulo, que para quem não sabe é hoje o maior centro gastronômico do mundo, no que se refere a número de casas especializadas em gastronomia existentes numa mesma cidade, nada mais justo que aproveitar para conhecer um novo lugar, e provar seus pratos.


Comecei meu roteiro indo a um restaurante japonês chamado JAM WAREHOUSE (R. Lopes Neto, 308 - Itaim Bibi - Oeste. Telefone: 3473-3273), galera, simplesmente excelente, preço justo e comida muito bem feita. Comi um Sashimi de barriga de Salmão, num molho especial de shoyo + gengibre + tabasco, com cebolinha e batata frita (isso mesmo, batata frita) pra mim foi o campeão da noite! Além do sashimi, comi um Ceviche, de atum e salmão, que assim como o primeiro prato deixou saudade e para finalizar um Guiosa de salmão defumado, só me decepcionou pela quantidade, porque deixou vontade de comer mais. Rs... Tudo isso regado a garrafas de Sakê artesanal da casa (recomendo pedir o clássico, pois a diferença entre ele e o Premium é mínima mas o valor do último é quase o dobro do primeiro) que sem sobra de dúvida foi o melhor Sakê que já tomei.

Depois fui para o Café de la Musique, mas aí já era uma maratona etílica, então vamos pular essa parte! Hehehe...

No dia seguinte acordei 12:00 e fui direto almoçar no Shopping Cidade Jardim. Lá resolvemos almoçar em uma lanchonete de comida árabe chamada ESPAÇO ÁRABE, comi um Kibe Crú honesto, nada demais.

A noite fomos ao Show por isso demos uma pausa no roteiro gastronômico.

Na manhã de domingo, após um show excepcional e uma bela noite de sono nada melhor do que tomar um café da manhã reforçado, afinal de contas ia pegar estrada logo após o café, então descartamos o café do hotel e fomos para a padaria BELLA PAULISTA (Rua Haddock Lobo, 354 - Cerqueira Cesar - São Paulo/SP - fone: 3214-3347 / 3214-4520). Pedi o sanduíche Jardins (Ciabata, Presunto di Parma, Mussarela de Búfala, Tomate Fresco, Molho Mostarda e Rúcula), achei que seria um sanduíche básico como pode ver pelos ingredientes, mas em São Paulo quase nada é básico, como podem ver na foto abaixo, ele era GIGANTE, vinha partido em 3 pedaços, e era muito bom, um Desjejum/Almoço de respeito!

É São Paulo ainda está anos luz do resto do país quando se fala em gastronomia. Tirando alguns expoentes da gastronomia encontrados nas outras cidades do país, é quase impossível encontrar uma variedade tão grande de bons estabelecimentos numa mesma cidade.

Então quando for a São Paulo não deixe de se aventurar!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VINHO É COMO COCA-COLA!

Muita gente gosta de vinho, uns preferem os tintos, outros os brancos e de alguns anos para cá temos os defensores dos roses (que antes eram renegados por serem a mistura de uvas tintas e brancas). Além do tipo de vinho, existem os defensores das uvas do velho e do novo mundo. Mas este post não é para discutirmos a natureza filosófica, genética ou até mesmo biológica do vinho.



Na verdade quero trocar uma idéia com vocês sobre um papo que bati a alguns anos com um amigo enólogo. É isso mesmo um amigo que ganha à vida fazendo harmonizações e degustando vinhos (reparem que disse degustando e não bebendo, pois a diferença entre degustar e beber é gigante, mas também não vamos discutir isso neste momento), e que, diga-se de passagem, é muito respeitado em sua área. Por este motivo vou deixar o nome dele de lado, pois talvez o que ele me disse possa soar como “ridículo” ou até mesmo “absurdo” pelos famosos ENOCHATOS, e a fim de preservá-lo prefiro assim.



Pois bem, na conversa que tive com este amigo, numa deliciosa tarde de sábado numa região serrana, começamos a discutir sobre qual vinho combina com o que. No fim de várias divagações sobre com quais comidas o vinho tinto melhor se adapta de acordo com a uva, combinação de uvas, acidez, tanino e etc, ele me resolveu simplificar as coisas pra mim.



Então ele me disse:



“Você gosta de Coca-Cola?” – aquela pergunta me pareceu um tanto quanto estranha no meio daquela conversa, mas consenti com a cabeça dizendo que sim.



“Pra você Coca-Cola combina, com aves, peixe, carne vermelha e frutos do mar?” – novamente me assustei coma pergunta, mas voltei a consentir com a cabeça.



Então ele veio com a bomba!



“Vinho é como Coca-Cola!” – na mesma hora toda a conversa que tínhamos tido antes deu um nó na minha cabeça e eu fiquei com uma cara de tacho olhando para um cara que até aquele momento eu confiava e dava credibilidade como grande enólogo e estudioso de vinho.



É isso mesmo até aquele momento, pois depois de uma declaração tão absurda toda a credibilidade dele para comigo se foi.



Ele me vendo tão descrente com a declaração resolveu me explicar.



“Luis, você tem que descobrir que tipo de vinho você gosta. Se gosta de tinto ou de branco, se prefere a uva Shirá, Cabernet Sauvignon, Camernere, Chardonay, Malbec, Merlot ou outra, depois de descobrir qual tipo e qual uva você prefere, começa a parte mais divertida, que é a de provar várias garrafas de vinho para descobrir qual a vinícola produz o tipo de vinho que gosta, com a uva que você mais gosta e com o equilíbrio de aroma, acidez e tanino que mais te agrada. Aí você achou a sua Coca-Cola!”



Fiquei surpreso com a comparação, confesso que neste instante comecei a voltar a dar credibilidade a ele.



Então ele finalizou dizendo:



“Cada pessoa tem um paladar e é um erro dizer que a combinação do vinho “A” com o prato “B” é perfeita. Pois esta combinação é perfeita pra mim mais pode não ser pra você! Mas quando você descobrir o “SEU” vinho, qualquer que seja o prato combinará perfeitamente com ele, seja uma ave, um peixe, uma carne vermelha ou frutos do mar.”



Assumo aqui que depois que comecei a ver o vinho como algo de gosto particular não devendo ser ditado por outra pessoa tenho me divertido muito mais nas minhas aventuras enogastronômicas e conseqüentemente tenho tido cada vez mais prazer em descobrir novas combinações.



Então fica aí a dica, beba seu vinho como você bebe sua “Coca-Cola”, te garanto que vai passar a ser muito mais divertido desbravar o mundo enogastronômico.



Boas descobertas.

domingo, 12 de setembro de 2010

LARICA DA MADRUGADA

Cheguei em casa essa madrugada as 03:45 da manhã, com uma fome!

Mas como de praxe não achei nada pronto na geladeira que me animasse, então vasculhando os temperos e poucos ingredientes existentes na geladeira, achei alguns ovos caipiras de verdade, daqueles que se falassem diriam "Uai sô, cê tá bão!", um pedaço de queijo minas legítimo, comprado de um senhorzinho de quase 90 anos que ainda produz ele mesmo de forma artesanal aqui no interior de minas, um pedaço de uma peça de presunto cozido, aquele simples mesmo do nosso dia-a-dia, uma cebola e no meio dos temperos um pacotinho de Cury amarelo em pó.
Então resolvi ressuscitar um "clássico" da minha cozinha pessoal. Uma receita simplória, mas com um sabor marcante que talvez por isso tenha virado um "clássico" da minha cozinha particular. Trata-se de um Omelete Oriental.
Omelete Oriental?!?!?! Você deve estar se perguntando. Na verdade dei esse nome por causa dos ingredientes que utilizo. Apesar de serem simples, dão um sabor...!
Fica a dica, afinal de contas de madrugada, com sono mas precisando fazer uma boquinha essa pode ser a salvação.


OMELETE ORIENTAL


Ingredientes:


• 2 ovos


• 1/2 cebola cortada finamente na longitudinal (Putz falei bunito agora, tô gastando com vocês hein!)


• 1 pedaço de queijo minas ralado, aproximadamente 150g


• 1 pedaço de presunto cozido da sua preferência ralado, de aproximadamente 150g também


• 1 colher de sopa de Cury amarelo em pó


• Sal a gosto


Modo de Preparo:

Vamos ao modo de preparo da receita, mas confesso que você pode fazer da sua maneira eu sou um cara muito chato cheio de manias e careca, então não vai seguindo a minha idéia fraca não, porque de madrugada ninguém merece!


1. Separe as claras da gema, e bata as claras em neve até atingirem o ponto firme (falei que eu tenho ideia de girico, quem é que quer bater clara em neve na mão as 03:45 da manhã, só essa anta aqui mesmo).


2. Em outra vasilha misture o queijo, o presunto, a cebola e o cury. Misture bem.


3. Bata as gemas e junte aos demais ingredientes, misturando bem.


4. Agora coloque um fio de azeite generoso em uma frigideira com o fogo baixo, só para ir esquentando.


5. Enquanto a frigideira esquenta, misture os ingredientes da segunda vasilha com a clara em neve, mas mexa com delicadeza (pelo amor de Deus, as 03:45 pedindo pra mexer com delicadeza, devo ter problema mesmo), para as clara em neve não se desfazer.


6. Agora é só jogar a mistura na frigideira que já deve estar quentes, deixar dourar de um lado (aproximadamente uns 2 minutos), virar e deixar dourar do outro.


7. Está pronto, agora é só se deliciar!


Espero que vocês aprovem este meu "clássico".

PS: Me desculpem, mas de madrugada depois desse trabalho todo em plena madrugada a foto ficou para a posteridade! Rs...