terça-feira, 26 de julho de 2011

BISCOITO DE POLVILHO

Atendendo à pedidos, vou publicar a receita do biscoito de polvilho que fiz no fim de semana retrasado.

A receita eu procurei na internet, e por isso o crédito referente a receita está no final deste post com o endereço do site no qual peguei esta receita. A foto também é do mesmo site.

Dica: Ao invés de baixar o forno pra 50°C (porque meu forno não tem essa opção, eu desliguei o forno e não abri a porta, deixando que ele terminasse de assar no calor existente dentro dele.

Biscoto de Polvilho

Ingredientes:

·         1/2 kg de polvilho azedo;
·         1/2 copo americano de água;
·         1/2 copo americano de leite;
·         1/2 copo americano de óleo;
·         2 ovos;
·         1 colher de sopa queijo ralado;
·         Sal a gosto.

Modo de Fazer:

1.      Umedeça meio quilo do polvilho com a água em temperatura ambiente. Em seguida, ferva o leite, junto com o óleo e o sal.
2.      Escalde o polvilho com a mistura ainda quente e sove a massa até esfriar. Reserve
3.      Acrescente os ovos e o queijo à massa até obter uma consistência mole, ideal para passar pelo saco de confeiteiro
4.      Unte a forma com margarina. Depois, corte e molde os biscoitos conforme a sua preferência com a ajuda de um saco de confeiteiro e leve para assar em forno pré-aquecido por 10 minutos. Reduza a temperatura para 50ºC e deixe assar por mais cinco minutos.

Rendimento: 60 biscoitos de tamanho pequeno.

domingo, 24 de julho de 2011

Seja BENVINDO

No último dia 14 resolvi experimentar o “Menu Bistronômico” (Menu Degustação) do restaurante Benvindo, que fica no bairro de Lourdes em Belo Horizonte.

Confesso que já tinha provado algumas coisas feitas pelo Chef Paulo Henrique Vasconcellos, pois possuímos alguns amigos e conhecidos em comum. Este ano mesmo ele foi responsável pelos petiscos servidos na despedida de solteiro de um dos meus melhores amigos.
Mas voltando ao foco, na quita-feira do dia 14 último, resolvi conhecer o Benvindo, e já me surpreendi logo na chegada. Fui recepcionado por um funcionário da casa extremamente polido e bem educado (o que não devia ser surpresa, mas tratando-se de restaurantes fora de São Paulo é sempre surpresa), a decoração da casa e a luz indireta que faz uma penumbra no ambiente, mas sem deixar muito escuro me trouxe de imediato uma sensação de conforto e bem estar.  Acredito que tais sensações se devem ao cuidado do Chef Paulo Vasconcellos em idealizar um ambiente sofisticado, porém despojado, sem criar aquele ar de aristocrático. Ou seja, um ambiente que te dá boas vindas. Talvez tenha sido pensando nisso que ele tenha dado o nome de Benvindo ao bistrô/restaurante.
Como dito acima saí de casa já com o intuito de provar o menu degustação da casa. Então consultei o sommelier quanto a qual bebida combinaria melhor com minha escolha, e após algumas opções ventiladas optei por um espumante nacional que já conheço e particularmente gosto muito o Cave Geisse Brut, que se provou um ótimo casamento com os pratos servidos, pois em nenhum momento sobressaiu sobre a estrela principal (os pratos) mas se fez presente a todo momento, sendo um coadjuvante perfeito.
O jantar começou com um Caldo de Milho que foi servido de entrada, estava temperado na medida certa, sem pimenta a mais ou a menos e sal na medida certa, casando perfeitamente com a noite fria que fazia. Trouxe assim um calorzinho que reconfortava e confesso que me fez ter vontade de pedir uns 4 de tão bom. Mas a noite ainda me reservava outras boas surpresas.
O primeiro prato foi uma Muquequinha de Siri com Farinha de Limão, e o que é isso?!?! Hahaha... O casamento entre frutos do mar e limão já é um velho conhecido de todos e podemos chamar de clássico, pois conheço pessoas que odeiam limão, mas quando junto a frutos do mar e peixes de água salgada não abrem mão, uma vez que a acides do limão casa de forma perfeita com o sabor destes alimentos. Agora farinha de limão pra mim foi uma novidade e uma ótima novidade, pois a farinha preserva o sabor cítrico do limão, mas sem deixar ser excessivamente ácido e quando misturado a muquequinha, trouxe textura e sabor. A muquequinha estava perfeita, úmida, temperada na medida, sem deixar que nenhuma das especiarias ou temperos sobressaísse, ou seja, minha experiência gastronômica no Benvindo estava sendo perfeita.
O prato principal um Escalope de Filet com Purê de Mandioca e Cogumelos Grelhados, foi pra mim o prato menos surpreendente, mas nem por isso menos apreciado. O filet estava simplesmente no ponto ideal, suculento, rosado, e com um sabor marcante, feito de forma impecável. O purê de mandioca tinha uma textura incrível, sem aquela viscosidade excessiva normalmente existente nos purês de mandioca devido ao excesso de amido que esta raiz possui. Bem temperados, os cogumelos grelhados (sou suspeito, pois cogumelos são uns dos meus ingredientes prediletos) estavam inimagináveis de tão bons, a grelha estava na temperatura ideal, pois não machucou ou mesmo alterou a consistência deles, valorizando assim o sabor já existente nos cogumelos de defumado, mas com a maciez e textura tenra características dos mesmos. Mas confesso que o molho que acompanhava o filet me decepcionou um pouco, pois parecia ser um daqueles molhos de foodservice, com sabor um tanto quanto artificial de glutamatos, acidulantes e etc. Não chegou a estragar o prato, mas sem dúvida nenhuma deixou um pouco a desejar.
Cabia então a sobremesa a responsabilidade de tentar me surpreender a ponto de superar minha decepção com o molho do filet. Confesso que essa tarefa não era fácil, uma vez que eu não sou muito fã de doces. Desta forma tentar me conquistar com um doce não é a melhor estratégia (fica a dica para as interessadas! Hehehe...). A sobremesa era um Ravióli Crocante, veio servido em um prato retangular com apenas duas unidades, uma em cada extremidade do prato seguido por riscos com calda de morango. Aí já pensei que a vaca ia pro brejo, pois tentar levantar a moral com apenas duas unidades de ravióli doce com uma pessoa que não gosta de doce pra mim era algo impensável. Sim usei o termo correto ERA, pois o ravióli era composto de duas lâminas de massa extremamente fina (acredito ser massa filo) e crocante recheada por uma trufa de chocolate amargo com crocante que casou perfeitamente com a calda de morango.
Ok, confesso que apesar de não ser fã de doces esta sobremesa superou toda e qualquer falta de interesse que possuo por doces e conseguiu com maestria recuperar a moral da noite.
Conclusão, o Benvindo é um restaurante com ambiente intimista e super agradável, com uma comida muito bem executada, e um serviço acima da média usualmente encontrada em Belo Horizonte. Por estes motivos está entre os estabelecimentos de gastronomia da cidade que eu recomendo!

Restaurante Benvindo – Rua São Paulo 2397 (Quase esquina com a Rua Felipe dos Santos), Lourdes, Belo Horizonte, MG. (31) 2515-8883. Site: www.restaurantebenvindo.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

FESTAS DE RUA DO BEM

Não sei se vocês já perceberam, mas fato é que BH está tendo cada dia mais festas de rua, há alguns anos conseguíamos contar nos dedos as festas ao ar livre e “gratuitas” (daqui a pouco explico o porquê destas aspas) que ocorriam em BH.

Lembro-me da minha infância na Rua Trifana, no Bairro Serra, todos os anos a Rua Oriente no quarteirão entre exatamente a minha rua e a Rua Caraça, era fechada para a realização da “Bacalhoada do Baltazar”.

Sr. Baltazar era um português simpático que veio para o Brasil com sua esposa e deu um duro danado para conquistar seu lugarzinho ao sol. Começou com um botequinho na rua caraça se não me engano onde vendia os quitutes de sua terra, que eram produzidos por sua esposa. Depois de alguns anos a frente deste negócio extremamente simples e familiar, aonde os dois davam duro, conseguiram comprar um terreno na esquina da Rua Oriente com a Rua Caraça e com o dinheiro suado construíram um pedacinho de Portugal em BH que se chama Taberna Baltazar. Hoje o Sr. Baltazar não está entre nós, mas sua esposa e suas filhas dão continuidade ao seu trabalho.

Bem como quero falar das festas de rua, vamos voltar ao foco. Na minha infância quando chegava o dia da “Bacalhoada do Baltazar” para meus amigos e eu era uma festa! Só que para entrar você tinha que ser convidado, ter um crachá e doar alimentos que seriam distribuídos a entidades carentes. Mas como todo bom menino criado solto no bairro, eu e meus amigos sempre dávamos um jeito de entrar e curtíamos muito aquela festa. No entanto Sr. Baltazar adoeceu e com isso a festa passou a deixar de ser comemorada, deixando muita saudade.

Naquela época era também comum as quermesses das igrejas de bairro, uma festa que com o tempo foi se perdendo.

Nos últimos anos tivemos algumas festas de rua que foram sendo criadas e com muito trabalho e empenho de seus organizadores se consolidaram no calendário da cidade, exemplo disso o o Festival de Jazz da Savassi que começou só no cruzamento da Rua Antônio de Albuquerque com a Rua Sergipe se não me engano e hoje ocupa vários quarteirões da Savassi, temos também a festa Italiana que das que homenageiam algum país é disparada a mais famosa e uma das mais antigas, servido como referência para as demais, pois é a real integração dos imigrantes Italianos, seus descendentes e o povo brasileiro, numa festa que se comemora a integração dos dois povos.

Pois é esses são alguns exemplos de festas e festivais que aconteceram e alguns ainda acontecem já a algum tempo em BH, mas sempre sendo cada um deles um evento isolado.

Mas desde 2010 BH parece ter descoberto a graça destas festas, exemplo disso é a Festa da Independência da Irlanda que foi comemorada ano passado com um bom número de adépitos mas que esse ano conseguiu arrastar nada menos que 35 mil pessoas para a região da savassi algo que de certa forma causou até algum transtorno ao trânsito já caótico de BH, mas acredito ser muito mais culpa de uma má gerência da companhia responsável pela engenharia de trânsito de BH que pela festa em si.

Ainda em 2010 fui a convite de uma amiga na 1°  Festa da Espanha que ocorreu nos jardins do Museu Abílio Barreto e que no meu ver foi um sucesso, pois para uma festa que ocorria pela primeira vez, atrair um público de aproximadamente 2 mil pessoas é algo a ser respeitado.

Mas em 2011 parece que BH entrou de cabeça nas festas de rua, este ano como dito tivemos a festa da Independência da Irlanda com um público inacreditável, já tivemos também a festa da Itália, tivemos também a festa Junina da rua Florália no bairro Anchieta além das festas de carnaval de rua nos bairros São Bento, São Pedro, Santo Antônio (sendo que estas já viraram festas tradicionais do carnaval da cidade) e Anchieta.

Só que não vai ficar só nisso não, já tem data marcada as festas da França, de Portugal, da Espanha, o Festival de Jazz da Savassi, a Festa Junina da Igreja de São Mateus, além de mais algumas que com certeza serão criadas no decorrer deste ano.

O mais legal disso tudo é que a maior parte destas festas tem uma pegada beneficente, pois a área aonde são realizadas é cercada (com autorização das autoridades públicas é claro) e para entrar no espaço reservado cada pessoa tem que doar um agasalho, ou alimento não perecível, ou brinquedo (ta aí a explicação pro “gratuitas” lá de cima), que depois são destinados a entidades carentes, moradores de rua e crianças doentes entre outros. Mas o bacana disso tudo é fazer uma festa ao ar livre aonde a comunidade se vê, aonde você descobre quem é seu vizinho, aquele que por muitas vezes você cruzou na rua mas não sabia nem mesmo que morava no seu prédio devido a correria do dia a dia, e além de tudo faz o bem a quem precisa.

Acho que essas festas com esse que de solidariedade, que criam um motivo para reunir um grupo de pessoas e se divertir, mas não se esquecem de agregar um cunho social, muito bacanas. No meu entendimento elas só tem a agregar para a cidade, pois é uma forma de trazer diversão de qualidade a um número grande de pessoas, mas nem por isso esquecendo de ajudar ao próximo.

Já falei demais.

Fica a dica, eu particularmente estou gostando deste movimento que leva o povo pra rua ao invés de colocá-lo num espaço fechado a um custo cada vez mais elevado aonde as pessoas são sempre as mesmas. Não que eu não curta essas festas às vezes, pois se isso fosse verdade vocês não me viriam nelas! Hehehe...

Mas sem dúvida nenhuma estou gostando cada dia mais das velhas e boas festas de rua, ainda mais se junto da diversão vier uma boa ação.